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Principais sinais de alerta para o câncer de mama

Dr. Giuliano Tosello Mastologista que atua na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama

O câncer de mama é o segundo tipo de tumor que mais acomete as mulheres, ficando atrás somente do câncer de pele não melanoma e, segundo estimativa do INCA, surgem até 60 mil novos casos todo ano no Brasil. Vale ressaltar que os homens também podem desenvolver o câncer de mama, entretanto, com uma incidência significativamente mais baixa, representando apenas 1% do total de casos.

A boa notícia é que o índice de mortalidade por conta da doença está caindo em todo o mundo. Por isso, é importante se atentar aos sinais, fazendo o autoexame das mamas de forma frequente, embora grande parte dos nódulos percebidos durante a palpação não se trate de fato de tumores malignos. Por outro lado, algumas mulheres podem não apresentar sintoma inicial algum e, ainda assim, obterem o diagnóstico da doença. 

Em todo caso, vale conhecer os principais sinais de alerta e ficar atento a quaisquer alterações, como:

  • Presença de caroço endurecido, ou nódulo, no seio ou na axila;
  • Inchaço da mama toda ou em parte dela;
  • Vermelhidão e/ ou descamação da pele do seio ou do mamilo;
  • Irritação ou surgimento de irregularidades em alguma região da mama, como afundamentos ou franzidos, que geralmente dão o aspecto de casca de laranja à pele;
  • Vazamento de secreção pelo bico do seio, que não seja leite;
  • Dor no mamilo;
  • Inversão do mamilo (o bico do seio passa a ficar para dentro).

Ainda que esses sintomas não sejam determinantes para o diagnóstico do câncer de mama, é de extrema importância procurar pela avaliação de um médico mastologista o quanto antes ao menor sinal de alerta. Essa atitude, sim, pode ser determinante para o sucesso do tratamento, no caso da confirmação do diagnóstico.

Fatores de risco

Em apenas 5% a 10% dos casos, em média, o câncer de mama tem alguma ligação com a hereditariedade. Sendo assim, a maioria das mutações do DNA nas células se dá ao longo da vida. Por isso, é importante saber que existe uma série de fatores, evitáveis e não evitáveis, que podem contribuir para o surgimento da doença, como:

  • Ser do sexo feminino: principalmente por conta dos hormônios, as mulheres têm uma propensão bem mais alta à doença em relação aos homens;
  • Idade avançada: a grande maioria dos casos surge em mulheres com mais de 50 anos, sendo que quanto maior a idade, mais altas são as chances de desenvolver o câncer de mama. Estima-se que apenas 10% dos casos ocorrem antes dos 40 anos.
  • Exposição ao estrogênio: quanto maior o período de exposição a uma grande quantidade de estrogênio, a probabilidade de ter a doença também sobe. Ou seja, mulheres que menstruaram precocemente, antes dos 12 anos, ou que entraram na menopausa mais tarde, após os 55 anos, e mulheres que não tiveram filhos ou engravidaram pela primeira vez após os 30 anos.
  • Lesões proliferativas: como a hiperplasia ductal atípica ou lobular atípica, em que há o crescimento exacerbado das células, ainda que sejam consideradas doenças benignas podem aumentar consideravelmente o risco de câncer de mama.
  • Exposição à radiação ionizante: contempla desde a realização de exames de imagem de forma desnecessária e exagerada até sessões de radioterapia, principalmente na região torácica e em idade precoce.
  • Densidade das mamas: mulheres com mamas mais densas, muitas vezes por conta de fatores genéticos, gravidez e idade, também correm um risco maior.
  • Terapia de Reposição Hormonal (TRH) após a menopausa: principalmente em mulheres que fazem o uso prolongado. Geralmente, ela é contraindicada para quem já teve câncer ou com histórico familiar. Por isso, é fundamental o acompanhamento do médico para a realização da TRH, inclusive na suplementação de fitoestrogênios.

Algumas alterações nos hábitos de vida também podem fazer toda a diferença para a prevenção do câncer de mama, uma vez que também são considerados fatores de risco:

  • Ingestão de bebida alcoólica: principalmente mulheres que consomem mais de uma dose de álcool por dia ou que fazem um consumo exagerado com frequência estão aumentando as chances de desenvolver a doença.
  • Tabagismo: a exposição ao tabaco em qualquer forma pode contribuir para o surgimento de diversos tipos de câncer, inclusive o de mama.
  • Sobrepeso e obesidade: o excesso de gordura promove uma alteração nos níveis hormonais, sendo um fator de risco importante.
  • Pílula anticoncepcional: considerado fator de risco pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), vinculada à OMS (Organização Mundial de Saúde). Estudos também associam o uso do DIU por tempo prolongado ao aumento do risco da doença.
  • Hábitos alimentares: o consumo excessivo de carne processada, como os embutidos, alimentos ultraprocessados, geralmente de pronto consumo nos supermercados, e ricos em amido, açúcar e gordura, como os de fast food, além de bebidas açucaradas, está relacionado ao desenvolvimento de várias doenças, dentre elas o câncer de mama.

Precisa passar pela avaliação de um especialista em câncer de mama? Entre em contato e agende a sua consulta. A prevenção é o primeiro passo para a saúde e bem-estar.

INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Giuliano Tosello Mastologista que atua na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama

Graduado em Medicina pela PUC Campinas.
Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia e em Mastologia - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-SP

Doutorado em Saúde Baseada em Evidências pela Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP.
Registro CRM-SP o nº 105484.