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O que faz oncologista especialista em câncer de mama?

Dr. Giuliano Tosello Mastologista que atua na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama

O câncer de mama é o tipo de tumor que mais acomete mulheres em todo o mundo e, no Brasil, fica atrás somente do câncer de pele não melanoma. Mas, vale lembrar que, apesar de representarem apenas 1% dos casos, os homens também podem ser afetados pela doença. 

E uma das principais dúvidas de quem precisa passar por um especialista em câncer de mama é a diferença entre o oncologista e o mastologista. 

A oncologia clínica envolve estudos e tratamentos para todos os tipos de câncer. Já a mastologia trata de todas as questões pertinentes à saúde da mama, sendo, portanto, uma área que também trata e acompanha os pacientes diagnosticados com câncer de mama. Para se tornar um especialista dessa área no Brasil, o médico deve fazer residência em Ginecologia e Obstetrícia ou Cirurgia Geral, que dura de dois a três anos e, em seguida, a residência médica em mastologia, com duração de mais dois anos.

Além do diagnóstico e tratamento da doença, o mastologista também cuida da reparação das mamas por meio de procedimentos cirúrgicos, no que se chama reconstrução mamária, e outras condições, como:

  • Mastite: mais comum em mulheres que estão amamentando, consiste na inflamação e infecção da mama;
  • Nódulos;
  • Assimetrias;
  • Ginecomastias: crescimento de tecido mamário em homens.

Na maioria dos casos, o processo de diagnóstico do câncer de mama se inicia com a realização dos exames solicitados por um médico ginecologista e, quando detectado o tumor, o profissional faz o devido encaminhamento ao mastologista. Então, para confirmar o diagnóstico, geralmente o paciente passa por uma biópsia – retirada de um pequeno fragmento do nódulo suspeito para análise em laboratório. 

Com isso, o mastologista consegue analisar o tipo e o estágio do câncer para que possa intervir com o melhor tratamento em cada caso. 

O que faz o oncologista especialista em câncer de mama?

Uma vez que o tratamento do câncer de mama se dá de forma multidisciplinar, a oncologia mamária, em conjunto com a mastologia e oncologia, se trata de uma subespecialidade da medicina, responsável por diagnosticar e tratar a doença. 

Em muitos casos, se faz necessária a adoção de um tratamento que contemple a combinação de diferentes métodos, por exemplo, o procedimento cirúrgico associado com sessões de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Com isso, o oncologista especialista em câncer de mama geralmente atua em conjunto com o mastologista, o radioterapeuta, fisioterapeuta oncológico, dentre outros especialistas da área de oncologia, a fim de entregar o melhor tratamento de acordo com as especificidades de cada paciente.

Quando é feita a cirurgia, pode ser preciso o acompanhamento conjunto com a fisioterapia em oncologia mamária, uma vez que a intervenção pode envolver regiões como as axilas e lateral do peito, que ficam suscetíveis à formação de ínguas ou à limitação dos movimentos se não forem realizados os devidos exercícios de recuperação.

Basicamente, o tipo de tratamento depende do tamanho do tumor no momento em que é diagnosticado. Quando são pequenos, em torno de 2 cm, no geral se faz a cirurgia conservadora da mama. Já em tumores grandes, com mais de 5 cm, normalmente o tratamento começa com a quimioterapia para depois intervir com a cirurgia. 

Quem deve procurar o mastologista ou oncologista especialista em câncer de mama?

A regra geral para as mulheres é nunca deixar de realizar periodicamente o autoexame da mama, pelo menos uma vez ao mês, sendo uma medida de prevenção importante contra o câncer de mama. Entretanto, mesmo com essa prática, ainda é essencial manter os exames de rotina em dia e, principalmente quando se nota qualquer tipo de anormalidade na mama, visitar o mastologista ao menos uma vez ao ano.

Dentre os principais sinais que merecem atenção e precisam ser investigados por um especialista estão: 

  • Aumento de volume da mama

Quando não tem relação com o ciclo menstrual ou gravidez, o aumento do volume mamário, principalmente quando ocorre de forma unilateral (em apenas uma das mamas), pode indicar apenas uma alteração funcional benigna (AFBM), mas também pode ocorrer pela presença de um tumor maligno. 

  • Vermelhidão

Geralmente fria e indolor, a vermelhidão pode indicar a presença de carcinoma mamário inflamatório ou sarcoma, por conta de possível entupimento dos vasos linfáticos por células cancerosas.

  • Secreção no mamilo

Qualquer sinal de secreção que venha a vazar do mamilo deve ser investigado, com a realização de exames.

  • Retração do mamilo

Caso o mamilo não seja normalmente do tipo invertido e seja percebida essa mudança, com ou sem dor, pode se tratar de um sinal indireto da doença.

  • Presença de nódulo

Quando surge um nódulo palpável na mama, tanto pode ser um tumor benigno quanto maligno. De forma geral, nódulos duros, compactos, espessos e mal definidos são característicos do câncer de mama.

  • Descamação no mamilo

Isso pode acontecer por diversos motivos, mas vale se atentar se a descamação do mamilo vem acompanhada de dor, alteração no formato do seio, nódulos ou secreção, podendo ser um quadro de mastite, cistos ou tumor maligno.

Precisa passar pela avaliação de um especialista ou realizar exames preventivos? Entre em contato e agende a sua consulta.

INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Giuliano Tosello Mastologista que atua na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama

Graduado em Medicina pela PUC Campinas.
Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia e em Mastologia - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-SP

Doutorado em Saúde Baseada em Evidências pela Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP.
Registro CRM-SP o nº 105484.